O SILÊNCIO
É O REPOUSO
DO OUVIDO...
Há tempo não chego aqui. É justo ele que falta, também a idade que avança, trabalho que não cessa, o espírito que cansa... Tenho planos de melhorar esta condição e voar, outra vez, como pássaro que volta ao ninho...
31 de dez. de 2008
Pássaros
Ah...esse cantar em manhãs
Onde pássaros em revoadas
Já vão longe, vida afora
Buscando liberdades...
Ah...esse cantar de aventureiros
Cidades,campos, metrópoles
Roubam anoiteceres
Devastam pântanos e sangas...
Ah...esse raro ar
Milhões de expiações
Sobrevoam ventos
Vão longe, vida afora...
Ah, esse cantar de pássaros...
Buscam liberdades
De verdades....
Ah, esse cantar de pássaro!
(06/06/2008)
Onde pássaros em revoadas
Já vão longe, vida afora
Buscando liberdades...
Ah...esse cantar de aventureiros
Cidades,campos, metrópoles
Roubam anoiteceres
Devastam pântanos e sangas...
Ah...esse raro ar
Milhões de expiações
Sobrevoam ventos
Vão longe, vida afora...
Ah, esse cantar de pássaros...
Buscam liberdades
De verdades....
Ah, esse cantar de pássaro!
(06/06/2008)
Lugares
Vês, as coisas não tem mais a
importância de antes...
o prato sujo no criado mudo
que insiste em não querer mais
estar no lugar devido
Afinal...que lugar tem as coisas
mudas
criadas
por nós
no criado mudo?
Prato é apenas
utensílio
surdo
calado em cantos
da casa
comida em hora
marcada...
importância de antes...
o prato sujo no criado mudo
que insiste em não querer mais
estar no lugar devido
Afinal...que lugar tem as coisas
mudas
criadas
por nós
no criado mudo?
Prato é apenas
utensílio
surdo
calado em cantos
da casa
comida em hora
marcada...
13 de dez. de 2008
Tempo de agora
Homens soberbos, reis destronados
Descalços falidos são abandonados
Terra desfeita em mar revolto
Reduzimos trajédias
Para não ficarmos loucos...
Descalços falidos são abandonados
Terra desfeita em mar revolto
Reduzimos trajédias
Para não ficarmos loucos...
(Miguel Tostes, 05/09/2007 - Porto Triste)
Calma coração
Acalmo o coração com velhas canções
Estabeleço conexão interna ligando-me a algo,
Um fio
Uma luz
Por vezes fraca, cansada
Outros momentos....
Reluz
Dois pontos opostos que se cruzam
Reconhecendo-se entre olhos
Que não querem ver....
Estabeleço conexão interna ligando-me a algo,
Um fio
Uma luz
Por vezes fraca, cansada
Outros momentos....
Reluz
Dois pontos opostos que se cruzam
Reconhecendo-se entre olhos
Que não querem ver....
Fica calmo
Meu coração!
Meu coração!
(Preta - Miguel Tostes - POA - 05/09/07)
30 de jul. de 2008
Silêncio 3
Quanto tempo tem um silêncio?
Sem ruído de nada, nem de bicho?
Quanto tempo tem um silêncio
Dito assim:
Silêncio...!?
Sem ruído de nada, nem de bicho?
Quanto tempo tem um silêncio
Dito assim:
Silêncio...!?
9 de jul. de 2008
A volta
Estão de volta essas linhas
Escritas como rajadas de vento
Hora quentes, por vezes... brisa
Sussurros moucos, segredos, despedidas
Esse retorno momentâneo, bem vindo
Carrega consigo curioso mistério:
Lembranças repentinas
Cúmplices de toda uma vida?
Quando passa muito tempo
Sobram letras desbotadas...
E o poeta não reage
Aceita, feliz e... volta
De retornos em cascatas
Busca apenas alimento
Qual dependente, viciado
Em inspiração e encantamento...
Preta -Porto Alegre - Sexta-feira -Agosto -Trinta e um -Dois mil e um.
Escritas como rajadas de vento
Hora quentes, por vezes... brisa
Sussurros moucos, segredos, despedidas
Esse retorno momentâneo, bem vindo
Carrega consigo curioso mistério:
Lembranças repentinas
Cúmplices de toda uma vida?
Quando passa muito tempo
Sobram letras desbotadas...
E o poeta não reage
Aceita, feliz e... volta
De retornos em cascatas
Busca apenas alimento
Qual dependente, viciado
Em inspiração e encantamento...
Preta -Porto Alegre - Sexta-feira -Agosto -Trinta e um -Dois mil e um.
Vegetal
Trabalho
Desperto
Acordo
Levanto
Dirijo
Indigesto
Não vivo
Levam-me
Sem tempo
De ser feliz!
(Porto Alegre, em um dia qualquer)
Desperto
Acordo
Levanto
Dirijo
Indigesto
Não vivo
Levam-me
Sem tempo
De ser feliz!
(Porto Alegre, em um dia qualquer)
Aprisionados
Antigamente nos jogavam aos leões
Hoje nos mantêm aprisionados em nós mesmos!
Sinais das civilizações...?
Cada época deixa rastros da sua passagem
Com todas as contradições humanas:
Da beleza mais rara
À destruição inimaginável!
(2007-05-16)
Porto Alegre
Hoje nos mantêm aprisionados em nós mesmos!
Sinais das civilizações...?
Cada época deixa rastros da sua passagem
Com todas as contradições humanas:
Da beleza mais rara
À destruição inimaginável!
(2007-05-16)
Porto Alegre
500 enganos
São muitos enganos que temos
Cada um parcela de culpa
São tantos anos morrendo
Pedindo, sempre desculpas...
Quinhentas vezes malditos
Homens que aqui aportaram
Trazendo com eles os gritos
Suores, açoites, descasos
São tantos enganos vividos
País do futuro sem nada
Indefeso como selvagens
Sem rios e matas à tarde
Dignidade sempre curvada
Fragmentos de vida aos pedaços
Nem mais quinhentos anos bastarão
Contar essa triste jornada:
Quinhentos anos de exploração.
(Preta, Porto Alegre, 14/04/2000)
Cada um parcela de culpa
São tantos anos morrendo
Pedindo, sempre desculpas...
Quinhentas vezes malditos
Homens que aqui aportaram
Trazendo com eles os gritos
Suores, açoites, descasos
São tantos enganos vividos
País do futuro sem nada
Indefeso como selvagens
Sem rios e matas à tarde
Dignidade sempre curvada
Fragmentos de vida aos pedaços
Nem mais quinhentos anos bastarão
Contar essa triste jornada:
Quinhentos anos de exploração.
(Preta, Porto Alegre, 14/04/2000)
26 de jun. de 2008
Distraída
Quanto mais e mais o tempo passa
Vou, aos poucos, lembrando menos de você
E por mais que esse tempo passe
Não permite de todo lhe esquecer...
Quisera não lembrar da sua face
Suas mãos segurando, firmes, as minhas
Nem seu beijo, molhado, ardente
Confundindo minh’alma e língua
Por mais que eu passe nessa vida
Por mais que eu tente esquecer
Pego-me, assim, distraída
Lembrando cada vez menos de você...
(26/06/2008)
Vou, aos poucos, lembrando menos de você
E por mais que esse tempo passe
Não permite de todo lhe esquecer...
Quisera não lembrar da sua face
Suas mãos segurando, firmes, as minhas
Nem seu beijo, molhado, ardente
Confundindo minh’alma e língua
Por mais que eu passe nessa vida
Por mais que eu tente esquecer
Pego-me, assim, distraída
Lembrando cada vez menos de você...
(26/06/2008)
25 de jun. de 2008
Dormir e acordar
É na manhã que nasce todo o dia
E finais de todas as tardes
Pensamentos mais forte invadem
Em simples confusas dúvidas...
Ao acordar, o espírito descansado,
Surge em esperanças de novas alegrias
Mas, ao final da tarde, já cansado,
Quer dormir, esquecendo-se do dia...
Noites, manhãs, tardes, horas passadas
Surgem, nascem, fenecem todos os dias
É a vida que passa distraída
Como brisa soprada em noite fria...
E, assim, em inícios e findares
Vai-se a vida, eterna distraída
Desperta muito mais ao amanhecer
Exaurida ao findar de cada dia...
(Preta - 24/6/2008)
E finais de todas as tardes
Pensamentos mais forte invadem
Em simples confusas dúvidas...
Ao acordar, o espírito descansado,
Surge em esperanças de novas alegrias
Mas, ao final da tarde, já cansado,
Quer dormir, esquecendo-se do dia...
Noites, manhãs, tardes, horas passadas
Surgem, nascem, fenecem todos os dias
É a vida que passa distraída
Como brisa soprada em noite fria...
E, assim, em inícios e findares
Vai-se a vida, eterna distraída
Desperta muito mais ao amanhecer
Exaurida ao findar de cada dia...
(Preta - 24/6/2008)
25 de mai. de 2008
21 de mai. de 2008
19 de mai. de 2008
18 de mai. de 2008
Mulheres
Somos mil em uma noite
Sedutoras em devaneio
Somos muito misturadas
Semeadoras de mutantes...
Somos tantas nessa aldeia
Temos teses, doutorados
Infiltrados, escondidos
Em masmorras encantadas...
Somos feias, baixas, gordas
Muitas deusas empoadas
Temos medos, mil desejos
Somos vida anunciada...
Somos plenas divisões
Feridas cunhada em rasgos
Somos anjos e demônios
Em noites de sobressaltos...
Somos filhas, mães, avós
Primas contadas em escala
Somos amigas, conselheiras
Tias desajeitadas...
Somos!
Mulheres...
16 de mai. de 2008
Idade
Os anos não contam tempo
A vida é que conta histórias
De que importa agora o vento
Que apaga nossa memória?
É certo que tudo passa
Mais tarde ou cedo não falha
Ter fim a idade de agora
Jovem
Velha
Senhora...
11 de mai. de 2008
Caminho
MEU SILÊNCIO SEGUIRÁ
POR ONDE ANDAR
TEU CANTAR
MEU AMOR FICARÁ
ONDE PASSAR
TEU CAMINHAR
MEUS OLHOS SEGUIRÃO
PARA ONDE
OLHAR TEU OLHAR
Pretensão
Não quero fazer mais nada
apenas
escrever
escrever
escrever...
Até aprender
Não me importa não fazer nada
apenas
escrever
escrever
escrever...
Até nem isso mais fazer...
Escrever
Escrever
Escrever
Até aprender....
apenas
escrever
escrever
escrever...
Até aprender
Não me importa não fazer nada
apenas
escrever
escrever
escrever...
Até nem isso mais fazer...
Escrever
Escrever
Escrever
Até aprender....
Despertar
Acordei em ti
muito antes de
adormecer
Acordei em nós
bem antes do
anoitecer
Acordei de mim
muito antes
de morrer
de
amor
Quem somos
Quem somos
seres humanos
destruidores de sonhos?
Que humanos somos
animais ferozes
ignorantes mortais?
Quem somos
Na espera
do hoje
nada mais?
(10/08/200)
seres humanos
destruidores de sonhos?
Que humanos somos
animais ferozes
ignorantes mortais?
Quem somos
Na espera
do hoje
nada mais?
(10/08/200)
Dia-a-dia
O sol, quando nasce,
mostra a face
A lua, em noite escura,
esconde a sua
Quando isso acontece
prefiro o dia
(10/08/2000)
mostra a face
A lua, em noite escura,
esconde a sua
Quando isso acontece
prefiro o dia
(10/08/2000)
Egoismo
Sou egoista
Tão egoísta
Que reconheço:
Poderia ter feito
Muito mais
Por nós
Dois
Ou
Três
Ou
Quatro
Ou
Todo
O
Mundo
Tão egoísta
Que reconheço:
Poderia ter feito
Muito mais
Por nós
Dois
Ou
Três
Ou
Quatro
Ou
Todo
O
Mundo
10 de mai. de 2008
Alerta
Estamos esquecendo
de sermos humanos
não percebendo irmãos
em cada esquina
- cruéis inimigos
Pensamos como seres evoluídos?
em tecnologias inventar
criando deuses com ships
sem corações para amar
Espertos adultos que somos
deixamos para gerações
distorcidos,pobres valores
desesperança, desilusões...
Como sábios contemporâneos
clonamos nossa matéria
não pedindo aos anjos do céu
concecer-nos alma, mais emoção...
Somos cegos seres humanos
pretensos poderosos
destruindo nossas sementes
morrendo, aos poucos, sem elas
(2008)
de sermos humanos
não percebendo irmãos
em cada esquina
- cruéis inimigos
Pensamos como seres evoluídos?
em tecnologias inventar
criando deuses com ships
sem corações para amar
Espertos adultos que somos
deixamos para gerações
distorcidos,pobres valores
desesperança, desilusões...
Como sábios contemporâneos
clonamos nossa matéria
não pedindo aos anjos do céu
concecer-nos alma, mais emoção...
Somos cegos seres humanos
pretensos poderosos
destruindo nossas sementes
morrendo, aos poucos, sem elas
(2008)
Casa
Minha casa não tem sótan
Para guardar lembranças
Nem jardim de terra firme
E sacada de espiar
Da janela vejo o sol
Perto do meio dia
Sala, computador
Almofadinha e fotografia
Dentro da minha casa
Tenho olhos de águia
E pensamentos loucos
Por nós dois...
Para guardar lembranças
Nem jardim de terra firme
E sacada de espiar
Da janela vejo o sol
Perto do meio dia
Sala, computador
Almofadinha e fotografia
Dentro da minha casa
Tenho olhos de águia
E pensamentos loucos
Por nós dois...
9 de mai. de 2008
7 de mai. de 2008
Sem querer
sempre amei
homens
imaginários
homens
imaginários
assassinei-os
todos
todos
{sem querer}
tão logo
a mim
se revelaram...
se revelaram...
Impulso
Fecho a porta, impulso inconsciente
Impeço qualquer interferência
Gesto vago, silencioso, deprimente
Autômota a procura de luz...
Escondo a cara, o olho, a vontade
Apago o sol do provável amanhecer
Protejo a alma, total disparce
Escuro tempo desse meu anoitecer...
Percebo que a distância desse amor
Generosa no seu abandonar
Permite sossego dessa mente
Ainda com forças para cantar...
{Canções são como borboletas
Dispersas, revoadas a procurar
Flores, árvores, plena primavera
Pólens prontos para o acasalar...}
Impeço qualquer interferência
Gesto vago, silencioso, deprimente
Autômota a procura de luz...
Escondo a cara, o olho, a vontade
Apago o sol do provável amanhecer
Protejo a alma, total disparce
Escuro tempo desse meu anoitecer...
Percebo que a distância desse amor
Generosa no seu abandonar
Permite sossego dessa mente
Ainda com forças para cantar...
{Canções são como borboletas
Dispersas, revoadas a procurar
Flores, árvores, plena primavera
Pólens prontos para o acasalar...}
6 de mai. de 2008
5 de mai. de 2008
Palavras 3
Ardilosas palavras
que soam como vento
soprando no alto do morro
chegam formando frases
travestidas de poemas
que soam como vento
soprando no alto do morro
chegam formando frases
travestidas de poemas
Jura
Juras de amor
são como poemas
encharcados pelo
orvalho da manhã
Juras de amor
são como borboletas
pousam em flores
e se vão
Juras de amor
são como tempestades
de verão
quentes, vem e passam
Juras de amor
são como verdades
surgindo
na trama
cedo ou tarde
Juras de amor
são como alimentos
que saciam o desejo
de
viver
Dor 2
Porque esta dor me acompanha?
Dor física
Na perna
Profunda
Perversa
Intensa
Porque esta dor que me acompanha
Até fazer parte
De mim?
Intrusa
Perversa
Profunda
Intensa
Que bom!
Passou....
(06/03/2004)
Dor física
Na perna
Profunda
Perversa
Intensa
Porque esta dor que me acompanha
Até fazer parte
De mim?
Intrusa
Perversa
Profunda
Intensa
Que bom!
Passou....
(06/03/2004)
Busca
Hoje te vi passar apressado
como fugindo de mim
corrí atrás querendo alcançar
teu coração traidor
que sumiu na primeira
esquina, à esquerda
do meu coração parado
na rua antiga
do tempo que foi
nosso dia....
como fugindo de mim
corrí atrás querendo alcançar
teu coração traidor
que sumiu na primeira
esquina, à esquerda
do meu coração parado
na rua antiga
do tempo que foi
nosso dia....
Amores
Chuva fina cai noite e dia
vento forte corta coração
nem inverno é tempo
quem diria!
aliviar tamanha solidão
estação sem plantar
nem colher
terra encerrando ciclo
pensamento voando
revivendo
amores declarados - ou não ditos
onde estão palavras ternas
amedrontadas se foram...
ser real aquela primavera
bem maior é esse entardecer?
ah! amores onde foram fugitivos
andarilhos ao acaso sem saber
nesta porta bateram em abrigo
deixando, apenas, versos de sofrer
não esqueçam amores distraídos
ser sincera minha imaginação
pensar haver um entre eles
seguir mesmo caminho então
só quem sente ou sentiu tamanha dor
pode entender esse pensamento
que por consolo insiste em fazer
deitar letras por todo o firmamento.
ah! amores fugidios distraídos
partem sem piedade e se vão
como senhores egoístas e vorazes
centrados nos desejos seus
amores fugidios, distraídos
mesmo não os tendo mais amor
lembro todos, pois sem eles não teria
versos tristes prá cantar em vão
se amor fosse sempre troca igual
ninguém teria permissão para sonhar
nem pensamento perdido na janela
o infinito poderia contemplar
enquanto o homem for capaz de ser
puro amor, feito para amar
há esperança nesse mundo inteiro
ver novas vidas como flores a brotar
quisera ser como a eternidade
de amor em amores, só cantar
pois se há Deus esse deu ao homem
e só a ele capacidade de amar
ah! amores! que tamanho engano
na partida deixar outro amor ficar
ah! amor fugidio que tristeza
sem cuidar da semente que plantou
nem um fruto colherá desse pomar
se esses versos não servirem para nada
sejam eles de ensinamento
para o próximo amor chegar
com mais zelo e maior encantamento
poderia ficar horas relembrando
dos prazeres como agora estou
sentindo mãos quentes afagando
suspiros nos lençóis teus
ah! amores como tempo é passado
podemos um dia resgatar?
não voltando apenas deixarão
quem amou eterno recordar
vento forte corta coração
nem inverno é tempo
quem diria!
aliviar tamanha solidão
estação sem plantar
nem colher
terra encerrando ciclo
pensamento voando
revivendo
amores declarados - ou não ditos
onde estão palavras ternas
amedrontadas se foram...
ser real aquela primavera
bem maior é esse entardecer?
ah! amores onde foram fugitivos
andarilhos ao acaso sem saber
nesta porta bateram em abrigo
deixando, apenas, versos de sofrer
não esqueçam amores distraídos
ser sincera minha imaginação
pensar haver um entre eles
seguir mesmo caminho então
só quem sente ou sentiu tamanha dor
pode entender esse pensamento
que por consolo insiste em fazer
deitar letras por todo o firmamento.
ah! amores fugidios distraídos
partem sem piedade e se vão
como senhores egoístas e vorazes
centrados nos desejos seus
amores fugidios, distraídos
mesmo não os tendo mais amor
lembro todos, pois sem eles não teria
versos tristes prá cantar em vão
se amor fosse sempre troca igual
ninguém teria permissão para sonhar
nem pensamento perdido na janela
o infinito poderia contemplar
enquanto o homem for capaz de ser
puro amor, feito para amar
há esperança nesse mundo inteiro
ver novas vidas como flores a brotar
quisera ser como a eternidade
de amor em amores, só cantar
pois se há Deus esse deu ao homem
e só a ele capacidade de amar
ah! amores! que tamanho engano
na partida deixar outro amor ficar
ah! amor fugidio que tristeza
sem cuidar da semente que plantou
nem um fruto colherá desse pomar
se esses versos não servirem para nada
sejam eles de ensinamento
para o próximo amor chegar
com mais zelo e maior encantamento
poderia ficar horas relembrando
dos prazeres como agora estou
sentindo mãos quentes afagando
suspiros nos lençóis teus
ah! amores como tempo é passado
podemos um dia resgatar?
não voltando apenas deixarão
quem amou eterno recordar
Porto Alegre 1
Porto Alegre é assim
não tem nada a ver
segunda e domingo
Porto Alegre é assim
moderna e velha
(por isto me sinto bem nela?)
Dor
dor no peito
medo do escuro
saudades de luz
que nunca acende
dor de amor
irreverente
quem nunca
as
sente?
Infância
coisa bonita
riso maroto
corre
corre
escondido
brincadeira
demorada
tão boa
de brincar
passa
voa
voando
como pássaro
eterno brincar
zombaria
continua
zombar
riso maroto
corre
corre
escondido
brincadeira
demorada
tão boa
de brincar
passa
voa
voando
como pássaro
eterno brincar
zombaria
continua
zombar
Feitiço
sucessão de erros
primários, concretos
secundários, abstratos
formando blocos
indissolúveis
eternos feitiços
da vida
(21/12/99)
primários, concretos
secundários, abstratos
formando blocos
indissolúveis
eternos feitiços
da vida
(21/12/99)
Entorpecente
JOGO TUDO
MEU JUGO
TE DESCONHEÇO
NO ESCURO
TE TRAGO
COMIGO
COMO
GOLES
DO MAIS
FORTE
ENTORPE
SENTE
Tristeza
Bate uma tristeza imensa em pensar
Que avida, quando quer
Ser tão triste quanto a tristeza
Cálida, funda, prostrada
Ser triste
Por tudo
Por nada
Por nós...
Bate uma tristeza imensa em pensar
Que a vida, quando quer
Vai embora sem remorso
Sem pesar
Sem ter
Que ver
O que fez
Conosco...
Bate uma tristeza imensa apesar
De querer que a vida fique
Mesmo sendo triste seu cantar
Mais triste ainda, seu passar...
(29/12/2001)
Que avida, quando quer
Ser tão triste quanto a tristeza
Cálida, funda, prostrada
Ser triste
Por tudo
Por nada
Por nós...
Bate uma tristeza imensa em pensar
Que a vida, quando quer
Vai embora sem remorso
Sem pesar
Sem ter
Que ver
O que fez
Conosco...
Bate uma tristeza imensa apesar
De querer que a vida fique
Mesmo sendo triste seu cantar
Mais triste ainda, seu passar...
(29/12/2001)
Tempo
sofro o tempo que me apaga
porque vais com ele também
herança tua
lembrança que atravessa o
porque vais com ele também
herança tua
lembrança que atravessa o
peito
e
cae
na
minha
alma
Das amizads (p/ a Schirley)
queria encontrar a amiga
que a vida apartou de mim
chorar com ela - bendita
dizer que nunca a esqueci
poder ficar como antes
horas e noites sem fim
bebendo, cantando e rindo
contando coisas assim
como a gente ficava
eu rindo dela e de mim...
prá Schirley - amiga - amizade
coragem não se compra na esquina
para dizer o que se sente
e pensar que um dia
- quem foi?
alguém apartou a gente
é claro que isso é saudade
de algo nunca esquecido
carinho, verdade, respeito
em versos feitos prá ti
quero viver novamente
amiga, Ninita e gurís
pensar no mate amargo
que dias contigo bebi
dar-te toda a certeza
que boas lembranças vivi
recuperar o perdido
que o dia-a-dia tirou de mim
procurar num canto na sala
ser filha do pai ausente
saber que ele nos olha
mesmo que...assim: de repente...
Schirley capeta danada
plena de personalidade
serás estrela cadente
cruzando a eternidade?
não tenho nenhum acanho
em escrever coisas prá ti
pois aprendi foi contigo
gostar de ti e de mim
se amizade é sentimento
prazer em te conhecer
gostaria - novamente
ter o abraço da gente
enquanto esse dia não chega
nem pensas em esquecer
as aventuras passadas
e as que ainda estão por vir...
(25/11/96)
corage
que a vida apartou de mim
chorar com ela - bendita
dizer que nunca a esqueci
poder ficar como antes
horas e noites sem fim
bebendo, cantando e rindo
contando coisas assim
como a gente ficava
eu rindo dela e de mim...
prá Schirley - amiga - amizade
coragem não se compra na esquina
para dizer o que se sente
e pensar que um dia
- quem foi?
alguém apartou a gente
é claro que isso é saudade
de algo nunca esquecido
carinho, verdade, respeito
em versos feitos prá ti
quero viver novamente
amiga, Ninita e gurís
pensar no mate amargo
que dias contigo bebi
dar-te toda a certeza
que boas lembranças vivi
recuperar o perdido
que o dia-a-dia tirou de mim
procurar num canto na sala
ser filha do pai ausente
saber que ele nos olha
mesmo que...assim: de repente...
Schirley capeta danada
plena de personalidade
serás estrela cadente
cruzando a eternidade?
não tenho nenhum acanho
em escrever coisas prá ti
pois aprendi foi contigo
gostar de ti e de mim
se amizade é sentimento
prazer em te conhecer
gostaria - novamente
ter o abraço da gente
enquanto esse dia não chega
nem pensas em esquecer
as aventuras passadas
e as que ainda estão por vir...
(25/11/96)
corage
Máquina
transforma - mostra
molda - máquina
passa - amola
amostra - amassa
tranforma - mostra
molda - máquina
passa - transforma
a
massa
amolda
a
amostra
Chegada
Se chegasses eu diria
sim!
diria que estou inteira
que nada te faltará
serei amante - sendo mãe
eterna companhia
rio de água salgada
despertaria com os demais da casa
com a mesma alegria
de pássaros
seguiria contigo
mesmo que o caminho
fosse
L O N G O
com muito prazer!
Guardados 80/1
furto o gozo
o riso
o ciso
roubo a presença
a fantasia
a fantasia
o adeus
escolho a letra
a música
a harmonia
me engano de novo...
em todas as vezes
me sinto
feliz!
Guardados 80
Ao mexer nas gavetas
descobri coisas
nem eu as lembrava
fragmentos de vida
esquecida
mimos singelos
vivências partidas
remexo na alma
rejuvenesço
bendita esperança
benvinda ilusão
não te busco
receio que digas
- não!
espero calada
na esperança
que acordes
percebendo
apenas
ser
óvio
este
amor....
descobri coisas
nem eu as lembrava
fragmentos de vida
esquecida
mimos singelos
vivências partidas
remexo na alma
rejuvenesço
bendita esperança
benvinda ilusão
não te busco
receio que digas
- não!
espero calada
na esperança
que acordes
percebendo
apenas
ser
óvio
este
amor....
4 de mai. de 2008
Vida
Pressão
no estômago
no estômago
no olho
dor
ouvido
ferido
fome
falta
de
ar puro
clara opressão
no peito
sofrido
triste
escravidão
sangue
no coraçao
liberdade não há
P R I S Ã O
!
(19/03/80)
Re
Renovar
Revirar
Reviver
Reabrir
Respirar
Repetir
Refletir
Rebuscar
Recompor
Relembrar
Redescobrir
Refazer
REPARTIR
Revirar
Reviver
Reabrir
Respirar
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Olhar sob Porto Alegre I
Não há lírios no asfalto da minha cidade
Só o trânsito invade
Tardes antes olhadas das calçadas
Hoje vazias...
{Do cachorro sarnoso
Do vizinho curioso}
Mão há flores
No jardim
Do nosso asfalto...
Estamos - inexoravelmente -
Mais pobres no olhar!
(Preta-Porto Alegre -2009)
Só o trânsito invade
Tardes antes olhadas das calçadas
Hoje vazias...
{Do cachorro sarnoso
Do vizinho curioso}
Mão há flores
No jardim
Do nosso asfalto...
Estamos - inexoravelmente -
Mais pobres no olhar!
(Preta-Porto Alegre -2009)
Varais
Das janelas vejo fios
varais nas sacadas dos edifícios
feitos de fios
em edifícios improvisados...
varais podem ser feitos de fios
qualquer um serve
basta espuchar uma corda
extremos nas moradas...
vejo varais espichados em fios
vejo roupas penduradas como gente
vejo imaens improvisadas
janelas e edifícios...
as pessoas nào sabem
onde pendurar suas coisas
fazem varais de tudo
até de pensamentos!
das janelas vejo fios
varais em sacadas de edifícios
fios improvisadas...
(29/07/2001)
varais nas sacadas dos edifícios
feitos de fios
em edifícios improvisados...
varais podem ser feitos de fios
qualquer um serve
basta espuchar uma corda
extremos nas moradas...
vejo varais espichados em fios
vejo roupas penduradas como gente
vejo imaens improvisadas
janelas e edifícios...
as pessoas nào sabem
onde pendurar suas coisas
fazem varais de tudo
até de pensamentos!
das janelas vejo fios
varais em sacadas de edifícios
fios improvisadas...
(29/07/2001)
Sonhos
Sonhos são como promessas
Dias melhores
Intuições
Acontecimentos!
Sonhos são temores
Desgraças anunciadas
Desconhecidas inconsciências
Apagadas pelo sono...
Sonhos são esperas
De amor mal resolvido
Saudades do que não somos...
Sonhos são homens adormecidos
Travesseiros sonolentos
Escondidos atrás dos pensamentos....
Dias melhores
Intuições
Acontecimentos!
Sonhos são temores
Desgraças anunciadas
Desconhecidas inconsciências
Apagadas pelo sono...
Sonhos são esperas
De amor mal resolvido
Saudades do que não somos...
Sonhos são homens adormecidos
Travesseiros sonolentos
Escondidos atrás dos pensamentos....
Reencontro
Encontro na tinta o manuseio fluente
Vida que insiste em estar presente
Redescubro no papel um poeta
De inverno passado, apagado
Cor de zinza de cigarro aceso
No cinzeiro vermelho!
Vida que insiste em estar presente
Redescubro no papel um poeta
De inverno passado, apagado
Cor de zinza de cigarro aceso
No cinzeiro vermelho!
Transposição
queria escrever isto com batom
como se passasse o dedo dentro
de um copo com chocolate
e o lambesse com gula de criança!
como se passasse o dedo dentro
de um copo com chocolate
e o lambesse com gula de criança!
Ferreira da Cruz
Ferra
Ferreiro
O ferro
Da Cruz
Homem de ferro
De cruz, de azul
Homem de Deus!
Do inferno
Do nada!
Trouxe prá mim
O que mais quiz
E fui prá ti
Tua única
Dúvida
Cruzada!
Ferreiro
O ferro
Da Cruz
Homem de ferro
De cruz, de azul
Homem de Deus!
Do inferno
Do nada!
Trouxe prá mim
O que mais quiz
E fui prá ti
Tua única
Dúvida
Cruzada!
Haver
o que há
que há
poema feito
desfeito
que não diz
o que quer
dizer?
o que há
poesia
sem ser ?
o poeta cansado
do poema
se desfez!
[28.02.82]
que há
poema feito
desfeito
que não diz
o que quer
dizer?
o que há
poesia
sem ser ?
o poeta cansado
do poema
se desfez!
[28.02.82]
Pensamento
vão da janela
- suga meu pensamento -
entreabertochega pertomais perto
o vento
o vento
vem... entra... vai...
leva e traz
meu pensar
lento...
meu pensar
lento...
Andanças
Deslizam fáceis palavras escritas
Escoam justapostas ao pensamento
São besouros acasalados
Criando versos de verão
Caem letras nessas linhas retas
Descansadas esperando amantes
Idéias em noites de chuva fina
Tardes quentes de verões ausentes
Arco-íris
Na cidade de Porto Alegre
Abrigando palavras apreendidas
Formando dicionário imaginário
Esquecido na gaveta do armário
Surgem sinais...
Dúvidas
De sim
E...
não!
Escoam justapostas ao pensamento
São besouros acasalados
Criando versos de verão
Caem letras nessas linhas retas
Descansadas esperando amantes
Idéias em noites de chuva fina
Tardes quentes de verões ausentes
Arco-íris
Na cidade de Porto Alegre
Abrigando palavras apreendidas
Formando dicionário imaginário
Esquecido na gaveta do armário
Surgem sinais...
Dúvidas
De sim
E...
não!
Encomenda
Encomendaram poesia clássica
de moderna até uma prosa servia
daquelas de final de tarde
contadas para toda a família
encomendaram - por telefone-
um escrito que pudesse dizer
verso para ser lido e cantado
em seção da tarde de um dia
até recital adormecido
poderia deitar nesta hora
mas que mostrasse para o mundo
como anda a poesia lá fora.
De encomenda fiz este verso,
que dependendo do jeito que é dito
do jeito que é visto
sentido
pode ser moderno
ou clássicos de outrora
apenas uns versos debulhados
{como milho deitado às galinhas}
escondidos atras de pseudônimos
{como amantes proibidos}
de moderna até uma prosa servia
daquelas de final de tarde
contadas para toda a família
encomendaram - por telefone-
um escrito que pudesse dizer
verso para ser lido e cantado
em seção da tarde de um dia
até recital adormecido
poderia deitar nesta hora
mas que mostrasse para o mundo
como anda a poesia lá fora.
De encomenda fiz este verso,
que dependendo do jeito que é dito
do jeito que é visto
sentido
pode ser moderno
ou clássicos de outrora
apenas uns versos debulhados
{como milho deitado às galinhas}
escondidos atras de pseudônimos
{como amantes proibidos}
Morada
Ando a procura do lugar - que um dia eu já sonhei
Aquele lugar prá ficar - acordar, adormecer
Ando a procura de mim - no sobrado do viver
Com sol na varanda - ou chuva em anoitecer
Ando a procura de mim - na morada do saber...
Aquele lugar prá ficar - acordar, adormecer
Ando a procura de mim - no sobrado do viver
Com sol na varanda - ou chuva em anoitecer
Ando a procura de mim - na morada do saber...
Fim do mundo
meu bem!
esse fim do mundo
não quer dizer nada.
nosso fim
já começou...
meu bem!
esse fim de mundo
não quer dizer nada.
nosso amor
já terminou...
esse fim do mundo
não quer dizer nada.
nosso fim
já começou...
meu bem!
esse fim de mundo
não quer dizer nada.
nosso amor
já terminou...
Aprisionados
Antigamente nos jogavam aos leões
Hoje nos mantêm aprisionados em nós mesmos
Sinais das civilizações...
Cada uma deixa rastros da sua época
Com todas as contradições
Que os humanos praticam:
Da beleza mais rara
À destruição
Inimaginável!
.
(2007-05-16 - Porto Alegre)
Hoje nos mantêm aprisionados em nós mesmos
Sinais das civilizações...
Cada uma deixa rastros da sua época
Com todas as contradições
Que os humanos praticam:
Da beleza mais rara
À destruição
Inimaginável!
.
(2007-05-16 - Porto Alegre)
Casulo
Fecho a porta, impulso inconsciente
De impedir qualquer interferência
Gesto vago, silencioso, deprimente
Autômato à procura da luz.
Escondo a cara, o olho, a vontade
Apago o provável amanhecer
Protegendo a alma, total disfarce
Escuro tempo desse meu anoitecer...
Nem percebo que a distância desse amor
Foi generosa ao meu eterno pensar
Permitindo o sossego de uma mente
Que tem forças, ainda, para cantar.
Pois é canção feito belas borboletas
Dispersas revoadas a procurar
Flores, árvores, plenas primaveras
Polens prontos para o acasalar.
(2005)
De impedir qualquer interferência
Gesto vago, silencioso, deprimente
Autômato à procura da luz.
Escondo a cara, o olho, a vontade
Apago o provável amanhecer
Protegendo a alma, total disfarce
Escuro tempo desse meu anoitecer...
Nem percebo que a distância desse amor
Foi generosa ao meu eterno pensar
Permitindo o sossego de uma mente
Que tem forças, ainda, para cantar.
Pois é canção feito belas borboletas
Dispersas revoadas a procurar
Flores, árvores, plenas primaveras
Polens prontos para o acasalar.
(2005)
Imaginação adormecida
Por vezes, aos versos, faltam textos
Aquela palavra ausente
Notas sem acordes
Notório momento gestual...
Perseguir sonhos como caminhos encantados
Pousar almas em árvores frondosas
Imaginação adormecida
Por vezes, aos versos, faltam textos!
(Preta- 2006)
Aquela palavra ausente
Notas sem acordes
Notório momento gestual...
Perseguir sonhos como caminhos encantados
Pousar almas em árvores frondosas
Imaginação adormecida
Por vezes, aos versos, faltam textos!
(Preta- 2006)
Vôo
VOA
VOA
VOA
PENSAMENTO
COM O VENTO
QUE MINHAS ASAS
VEM SOPRAR...
VOA
VOA
VOA
PENSAMENTO
COM O VENTO
QUE MINHAS ASAS
VEM BUSCAR...
VOA
VOA
PENSAMENTO
COM O VENTO
QUE MINHAS ASAS
VEM SOPRAR...
VOA
VOA
VOA
PENSAMENTO
COM O VENTO
QUE MINHAS ASAS
VEM BUSCAR...
Perdão
Quando o coração dói
O peito estufa
Pensamento vai
E fica triste!
Perdão pelo frio olhar
Boca sem falar
Não disse o que sinto: Te amo!
O peito estufa
Pensamento vai
E fica triste!
Perdão pelo frio olhar
Boca sem falar
Não disse o que sinto: Te amo!
Janela entreaberta
Pelo veio da fresta
Minh'alma prensada, escondida
Delata o medo de ver
Vontade de me esconder...
Pela janela entreaberta
No quarto, sala, cozinha
Espiando a vida, de longe...
Esperando amanhecer
Novos dias....
Minh'alma prensada, escondida
Delata o medo de ver
Vontade de me esconder...
Pela janela entreaberta
No quarto, sala, cozinha
Espiando a vida, de longe...
Esperando amanhecer
Novos dias....
3 de mai. de 2008
Onde
Onde estão os retalhos
Cacos farrapos de sobras
Que a vida deixa prá trás?
Onde estão os pedaços
Escondidos no encalço
Desse teu olhar?
Onde vão os fragmentos
Pensamentos múltiplos?
Onde estão todos os santos
Deuses, salvadores e mestres?
Onde estão fariseus
Passantes em caminhos
Sem presentes e estrelas?
Onde estão as verdades
Contos de histórias infantís?
Por onde andam pedaços
Quebrados em cacos
Colados de amor?
Onde
Estou...?
Cacos farrapos de sobras
Que a vida deixa prá trás?
Onde estão os pedaços
Escondidos no encalço
Desse teu olhar?
Onde vão os fragmentos
Pensamentos múltiplos?
Onde estão todos os santos
Deuses, salvadores e mestres?
Onde estão fariseus
Passantes em caminhos
Sem presentes e estrelas?
Onde estão as verdades
Contos de histórias infantís?
Por onde andam pedaços
Quebrados em cacos
Colados de amor?
Onde
Estou...?
Imagem
Travo a vida que passa
Como sentimentos em trilhos
Pensamentos que vêm
Escondidos nos trens....
Passam rápido
Como paisagens
Sigo olhares
Lançados pela janela
Trato a vida
Qual imagem
Vai
Vem
Chegando...
( 2003)
Como sentimentos em trilhos
Pensamentos que vêm
Escondidos nos trens....
Passam rápido
Como paisagens
Sigo olhares
Lançados pela janela
Trato a vida
Qual imagem
Vai
Vem
Chegando...
( 2003)
Raizes
Que felicidade esquece
Que sofrimento evitei
Que saudades senti
Quantas mais deixei?
Que raízes são essas
Que palavras dizer?
Que frases passaram
Que caminhos tracei?
De onde vim... de longe
E aqui aportei?
Que raízes são essas
Que todas arranquei?
Que saudades de mim
Muitas mais de você...
Que sofrimento evitei
Que saudades senti
Quantas mais deixei?
Que raízes são essas
Que palavras dizer?
Que frases passaram
Que caminhos tracei?
De onde vim... de longe
E aqui aportei?
Que raízes são essas
Que todas arranquei?
Que saudades de mim
Muitas mais de você...
Vértice
Vértice calculado em retas linhas
Vertigens, amores, volúpias
Vozes de paixões ocultas
Vez por outra encontradas às escuras..
Caminhos procurados ao acaso
Corações iludidos sonhadores
Somas diminutas calculadas
Caladas de adeus e de partidas...
Homens sós procurando pares
Horas inteiras, intermináveis dias
Eternas solidões vividas
Hoje, ontem, por toda uma vida...
Complementos, metades sem encaixes
Memórias guardadas para sempre
Mulheres sedentas, generosas
Molhadas em lençóis de sedas...
Vértices calculados, linhas retas
Caminhos encontrados ao acaso
Homens sós, procurando pares
Complementos, encaixes, sem metades.
Vertigens, amores, volúpias
Vozes de paixões ocultas
Vez por outra encontradas às escuras..
Caminhos procurados ao acaso
Corações iludidos sonhadores
Somas diminutas calculadas
Caladas de adeus e de partidas...
Homens sós procurando pares
Horas inteiras, intermináveis dias
Eternas solidões vividas
Hoje, ontem, por toda uma vida...
Complementos, metades sem encaixes
Memórias guardadas para sempre
Mulheres sedentas, generosas
Molhadas em lençóis de sedas...
Vértices calculados, linhas retas
Caminhos encontrados ao acaso
Homens sós, procurando pares
Complementos, encaixes, sem metades.
Ato de amor
Como sol mais quente entre planetas
Tua pele junto a minha pousa
Encanta tardes longas de amantes
Prometendo afagos, passeando mãos...
Qual montanha fincada no horizonte
Majestosa lança apontando o céu
Entre mar e terra, esconde
Caminhos, trilhas, florestas e escuridão
Quando teu corpo delicado e forte
Encontra o meu que pulsa a esperar
Faz desse atrito belo milagre
Combustão e fogo aflorar!
Nessa hora, de total êxtase
Vou bem longe, deixo-me levar
Com certeza, meu amor, nem penso
Nunca... de lá voltar.
São encontros em tardes quentes
Que em segundos - delírios loucos
Viram estrelas em explosão.
É quando sinto ser minha tua alma
Que ao meu espírito se junta prá ficar...
22/02/99
Tua pele junto a minha pousa
Encanta tardes longas de amantes
Prometendo afagos, passeando mãos...
Qual montanha fincada no horizonte
Majestosa lança apontando o céu
Entre mar e terra, esconde
Caminhos, trilhas, florestas e escuridão
Quando teu corpo delicado e forte
Encontra o meu que pulsa a esperar
Faz desse atrito belo milagre
Combustão e fogo aflorar!
Nessa hora, de total êxtase
Vou bem longe, deixo-me levar
Com certeza, meu amor, nem penso
Nunca... de lá voltar.
São encontros em tardes quentes
Que em segundos - delírios loucos
Viram estrelas em explosão.
É quando sinto ser minha tua alma
Que ao meu espírito se junta prá ficar...
22/02/99
Sou eu
Tenho defeitos, muitos
Tenho virtudes, algumas
Tenho desejos,ardentes
Tenho amigos,ausentes
Tenho saudades, constantes
Tenho alegrias, bastante
Tenho arrependimentos, passados
Tenho medo, no escuro
Tenho dúvidas, atrozes
Tenho passado... em vão.
Tenho certeza: sou gente!
Tenho virtudes, algumas
Tenho desejos,ardentes
Tenho amigos,ausentes
Tenho saudades, constantes
Tenho alegrias, bastante
Tenho arrependimentos, passados
Tenho medo, no escuro
Tenho dúvidas, atrozes
Tenho passado... em vão.
Tenho certeza: sou gente!
Letras 1
Letras pousam no papel
Guiadas pela imaginação
Não querem, além de ser
Rezas de solidão...
Vão formando gemidos
Lembranças em profusão
Compondo mil palavras
Divisíveis pensamentos...
Surgem em horas diferentes
Sem licença ou compaixão
Presas fáceis de uma mente
Cúmplices do coração
Letras pousam no papel...
(18/07/98)
Guiadas pela imaginação
Não querem, além de ser
Rezas de solidão...
Vão formando gemidos
Lembranças em profusão
Compondo mil palavras
Divisíveis pensamentos...
Surgem em horas diferentes
Sem licença ou compaixão
Presas fáceis de uma mente
Cúmplices do coração
Letras pousam no papel...
(18/07/98)
Escaldante
Escuto e sinto a chuvinha caindo aqui na área de trás
A janela aberta
Os pingos finos não chegam a molhar
Apenas acariciam meus braços e meus ombros
Quando veem, carregados por um pouco mais de vento
Deixam refrescar o calor do meu corpo
Que insiste em pegar fogo
Pelo sol que o diabo anda mandando para a terra!
(Preta - 03/2008)
A janela aberta
Os pingos finos não chegam a molhar
Apenas acariciam meus braços e meus ombros
Quando veem, carregados por um pouco mais de vento
Deixam refrescar o calor do meu corpo
Que insiste em pegar fogo
Pelo sol que o diabo anda mandando para a terra!
(Preta - 03/2008)
Quinta feira no inverno de Porto Alegre
Frio sentido no corpo abandonado
Amor atirado à morte - falta de sorte!
Dói-me ver ossos e peles amontoados
Vivendo a única esperança permitida:
Cana brava para pobres indigentes
Desumano e fatal entorpecente
Frio cortando coração de homens
Desabrigados inconscientes...
Marquises e calçadas habitadas
Negros, crianças, verdades tragadas
Pela droga maior dos humanos sós
Sociais e simples pensamentos!
Dói-me ver nariz de ranho exibido em sinaleiras
Homens pequenos devolvendo vômitos
Impostos por estômagos faceiros
Da comida que já devoramos...
Quinta feira de inverno em Porto Alegre
Triste, inofensiva, calada, passiva e bela
Vista aqui do quarto - quente - pela janela...
Dói ver-me assim – apenas - fazendo parte dela
(03/05/99)
Amor atirado à morte - falta de sorte!
Dói-me ver ossos e peles amontoados
Vivendo a única esperança permitida:
Cana brava para pobres indigentes
Desumano e fatal entorpecente
Frio cortando coração de homens
Desabrigados inconscientes...
Marquises e calçadas habitadas
Negros, crianças, verdades tragadas
Pela droga maior dos humanos sós
Sociais e simples pensamentos!
Dói-me ver nariz de ranho exibido em sinaleiras
Homens pequenos devolvendo vômitos
Impostos por estômagos faceiros
Da comida que já devoramos...
Quinta feira de inverno em Porto Alegre
Triste, inofensiva, calada, passiva e bela
Vista aqui do quarto - quente - pela janela...
Dói ver-me assim – apenas - fazendo parte dela
(03/05/99)
Humildade
Preciso medir o passo
Quebrar o salto
Tirar o sapato
Pisar na terra
Colher da planta
Do pé
Preciso passar a limpo
Rasgar contratos
De meias medidas
Preciso falar com a alma
Ao pé do ouvido do coração
Voltar a contar estrelas
Dormir sob constelação
Preciso cair do galho
Amadurecer a semente
Que um dia me germinou...
(2002)
Quebrar o salto
Tirar o sapato
Pisar na terra
Colher da planta
Do pé
Preciso passar a limpo
Rasgar contratos
De meias medidas
Preciso falar com a alma
Ao pé do ouvido do coração
Voltar a contar estrelas
Dormir sob constelação
Preciso cair do galho
Amadurecer a semente
Que um dia me germinou...
(2002)
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