10 de mai. de 2008

Alerta

Estamos esquecendo
de sermos humanos
não percebendo irmãos
em cada esquina
- cruéis inimigos

Pensamos como seres evoluídos?
em tecnologias inventar
criando deuses com ships
sem corações para amar

Espertos adultos que somos
deixamos para gerações
distorcidos,pobres valores
desesperança, desilusões...

Como sábios contemporâneos
clonamos nossa matéria
não pedindo aos anjos do céu
concecer-nos alma, mais emoção...

Somos cegos seres humanos
pretensos poderosos
destruindo nossas sementes
morrendo, aos poucos, sem elas

(2008)

Filha

Sobre minha filha:
Sobre tudo
Por amor...

Casa

Minha casa não tem sótan
Para guardar lembranças
Nem jardim de terra firme
E sacada de espiar


Da janela vejo o sol
Perto do meio dia
Sala, computador
Almofadinha e fotografia

Dentro da minha casa
Tenho olhos de águia
E pensamentos loucos
Por nós dois...

9 de mai. de 2008

Negra


NA JANELA
O JARRO

FLOR VERMELHA
NO CABELO
DA MOÇA

VESTINDO
BRANCO
- COMO TUA ALMA -
LÍRIO NEGRO

Presa

Eu me solto 
Tu me puxas 
Prendes 
Pegas 
Foges 
Tu me amarras 
Eu me prendo
Tu me soltas 
Eu me fixo 
Tu te calas 
Eu te escuto 
Solta a corda 
Salta e volta 
Temos sol 
Vimos luas 
Temos luz 
Em noites nuas...

7 de mai. de 2008

Sem querer

sempre amei
homens
imaginários

assassinei-os
todos

{sem querer}

tão logo
a mim
se revelaram...

Impulso

Fecho a porta, impulso inconsciente
Impeço qualquer interferência
Gesto vago, silencioso, deprimente
Autômota a procura de luz...

Escondo a cara, o olho, a vontade
Apago o sol do provável amanhecer
Protejo a alma, total disparce
Escuro tempo desse meu anoitecer...

Percebo que a distância desse amor
Generosa no seu abandonar
Permite sossego dessa mente
Ainda com forças para cantar...

{Canções são como borboletas
Dispersas, revoadas a procurar
Flores, árvores, plena primavera
Pólens prontos para o acasalar...}

Sonho


Meu sonho dorme molhado 

Em ruas de passaventos 

Feitos como crianças 

Deitadas ao relento....

Tamanho




Um passarinho
- era bem pequeno –
pousou no
parapeito
da janela do
meu quarto

Um passarinho
- tão pequeno!
acordou-me da
sesta...

6 de mai. de 2008

Folha


Sou folha
trazida
pelo vento
Caindo...
Caindo...
C
a
i
n
d
o...

5 de mai. de 2008

Palavras 3

Ardilosas palavras
que soam como vento
soprando no alto do morro

chegam formando frases
travestidas de poemas

Jura

Juras de amor são como poemas encharcados pelo orvalho da manhã 
 Juras de amor são como borboletas 
pousam em flores e se vão 
 Juras de amor são como tempestades de verão 
quentes, vem e passam 
 Juras de amor são como verdades surgindo 
na trama cedo ou tarde 
 Juras de amor são como alimentos 
que saciam o desejo de viver

Dívida

ALGUÉM
DUVIDA
DA
DÍVIDA
DA
VIDA?

Engano 1

borboletas

de verão

se enganam

por vezes

de estação

Sentítulo

INVERNO
PRIMAVERA
POETA
É QUEM
SE
CONSIDERA

Dor 2

Porque esta dor me acompanha?
Dor física
Na perna
Profunda
Perversa
Intensa

Porque esta dor que me acompanha
Até fazer parte
De mim?

Intrusa
Perversa
Profunda
Intensa

Que bom!
Passou....

(06/03/2004)

Adeus

DIGO-TE ADEUS
ESQUEÇO TEU VULTO
ESQUEÇO DE MIM
DE NÓS

DIGO
ADEUS...

AH, DEUS!

ESQUECI
TUDO....

Busca

Hoje te vi passar apressado
como fugindo de mim
corrí atrás querendo alcançar
teu coração traidor
que sumiu na primeira
esquina, à esquerda
do meu coração parado
na rua antiga
do tempo que foi
nosso dia....

Fantasmas

Vejo fantasmas
em noites de insônia

Não dormem
não falam

Existem apenas

Enganando
mortais

Passagem

Sou mulher
Ser humano
Fera
Anjo
Tempestade
Sou vida
Depois
da
Morte

Cérebro

O CÉREBRO
É UMA MÁQUINA
ENVOLTA POR UM
CORAÇÃO

Política

Meu voto
por esperança
depositei
na eleição
passada
hoje...
meu
não
mais
nada!

Amores

Chuva fina cai noite e dia
vento forte corta coração
nem inverno é tempo
quem diria!
aliviar tamanha solidão


estação sem plantar
nem colher
terra encerrando ciclo
pensamento voando
revivendo
amores declarados - ou não ditos


onde estão palavras ternas
amedrontadas se foram...
ser real aquela primavera
bem maior é esse entardecer?


ah! amores onde foram fugitivos
andarilhos ao acaso sem saber
nesta porta bateram em abrigo
deixando, apenas, versos de sofrer


não esqueçam amores distraídos
ser sincera minha imaginação
pensar haver um entre eles
seguir mesmo caminho então


só quem sente ou sentiu tamanha dor
pode entender esse pensamento
que por consolo insiste em fazer
deitar letras por todo o firmamento.


ah! amores fugidios distraídos
partem sem piedade e se vão
como senhores egoístas e vorazes
centrados nos desejos seus


amores fugidios, distraídos
mesmo não os tendo mais amor
lembro todos, pois sem eles não teria
versos tristes prá cantar em vão

se amor fosse sempre troca igual
ninguém teria permissão para sonhar
nem pensamento perdido na janela
o infinito poderia contemplar


enquanto o homem for capaz de ser
puro amor, feito para amar
há esperança nesse mundo inteiro
ver novas vidas como flores a brotar


quisera ser como a eternidade
de amor em amores, só cantar
pois se há Deus esse deu ao homem
e só a ele capacidade de amar


ah! amores! que tamanho engano
na partida deixar outro amor ficar


ah! amor fugidio que tristeza
sem cuidar da semente que plantou
nem um fruto colherá desse pomar



se esses versos não servirem para nada
sejam eles de ensinamento
para o próximo amor chegar
com mais zelo e maior encantamento


poderia ficar horas relembrando
dos prazeres como agora estou
sentindo mãos quentes afagando
suspiros nos lençóis teus


ah! amores como tempo é passado
podemos um dia resgatar?
não voltando apenas deixarão
quem amou eterno recordar

Porto Alegre 1


Porto Alegre é assim
não tem nada a ver
segunda e domingo
Porto Alegre é assim
moderna e velha
(por isto me sinto bem nela?)

Saber

NÃO SEI
DESENHAR
NÃO SEI
ESCREVER
NÃO SEI
NADA
SEI
SER

Dor

dor no peito
medo do escuro
saudades de luz
que nunca acende
dor de amor
irreverente
quem nunca
as
sente?

Rima

se encomendam
rima
não ria
te vira
joga
prá
fora
teu
charme
de
guria

Infância

coisa bonita
riso maroto
corre
corre
escondido
brincadeira
demorada
tão boa
de brincar
passa
voa
voando
como pássaro
eterno brincar
zombaria
continua
zombar

Retta

Retta
prá
confundir
todos
os
ponto
nos
is

Brilho

não engano
nada tenho mais a dar
nem luz
para tua estrela
brilhar

Feitiço

sucessão de erros
primários, concretos
secundários, abstratos
formando blocos
indissolúveis

eternos feitiços
da vida

(21/12/99)

Entorpecente

JOGO TUDO
MEU JUGO
TE DESCONHEÇO
NO ESCURO
TE TRAGO
COMIGO
COMO
GOLES
DO MAIS
FORTE
ENTORPE
SENTE

Tristeza

Bate uma tristeza imensa em pensar
Que avida, quando quer
Ser tão triste quanto a tristeza
Cálida, funda, prostrada

Ser triste
Por tudo
Por nada
Por nós...

Bate uma tristeza imensa em pensar
Que a vida, quando quer
Vai embora sem remorso
Sem pesar

Sem ter
Que ver
O que fez
Conosco...

Bate uma tristeza imensa apesar
De querer que a vida fique
Mesmo sendo triste seu cantar
Mais triste ainda, seu passar...

(29/12/2001)

Ser

NÃO QUERO SER SOMENTE
AQUILO QUE POSSA TER SIDO
QUERO SER O QUE POSSO

Tempo

sofro o tempo que me apaga
porque vais com ele também

herança tua


lembrança que atravessa o
peito
e
cae
na
minha
alma

Das amizads (p/ a Schirley)

queria encontrar a amiga
que a vida apartou de mim
chorar com ela - bendita
dizer que nunca a esqueci
poder ficar como antes
horas e noites sem fim
bebendo, cantando e rindo
contando coisas assim
como a gente ficava
eu rindo dela e de mim...

prá Schirley - amiga - amizade
coragem não se compra na esquina
para dizer o que se sente
e pensar que um dia
- quem foi?
alguém apartou a gente

é claro que isso é saudade
de algo nunca esquecido
carinho, verdade, respeito
em versos feitos prá ti

quero viver novamente
amiga, Ninita e gurís
pensar no mate amargo
que dias contigo bebi

dar-te toda a certeza
que boas lembranças vivi
recuperar o perdido
que o dia-a-dia tirou de mim

procurar num canto na sala
ser filha do pai ausente
saber que ele nos olha
mesmo que...assim: de repente...

Schirley capeta danada
plena de personalidade
serás estrela cadente
cruzando a eternidade?

não tenho nenhum acanho
em escrever coisas prá ti
pois aprendi foi contigo
gostar de ti e de mim

se amizade é sentimento
prazer em te conhecer
gostaria - novamente
ter o abraço da gente

enquanto esse dia não chega
nem pensas em esquecer
as aventuras passadas
e as que ainda estão por vir...

(25/11/96)



corage

Máquina

transforma - mostra

molda - máquina

passa - amola

amostra - amassa

tranforma - mostra

molda - máquina

passa - transforma

a
massa

amolda

a

amostra

Guardados 80/1

nada foi
feito o sonhado
mas foi
benvindo
feito
tudo
fosse
lindo

Chegada

Se chegasses eu diria
sim!
diria que estou inteira
que nada te faltará
serei amante - sendo mãe
eterna companhia
rio de água salgada
despertaria com os demais da casa
com a mesma alegria
de pássaros
seguiria contigo
mesmo que o caminho
fosse

L O N G O
com muito prazer!


Guardados 80/1

furto o gozo
o riso
o ciso
roubo a presença
a fantasia
o adeus
escolho a letra
a música
a harmonia
me engano de novo...
em todas as vezes
me sinto
feliz!

Guardados 80

Ao mexer nas gavetas
descobri coisas
nem eu as lembrava
fragmentos de vida
esquecida
mimos singelos
vivências partidas
remexo na alma
rejuvenesço
bendita esperança
benvinda ilusão
não te busco
receio que digas
- não!
espero calada
na esperança
que acordes
percebendo
apenas
ser
óvio
este
amor....

4 de mai. de 2008

Existência

TÔ PRÁ LÁ
DE
DIFÍCIL!
NÃO SEI
SE
PENSO
OU
SE
EXISTO!

Vida

Pressão
no estômago

no olho
dor
ouvido
ferido
fome
falta

de
ar puro
clara opressão

no peito
sofrido
triste
escravidão
sangue

no coraçao
liberdade não há
P R I S Ã O
!
(19/03/80)

Engano

Vivo pensando
que tenho
a vida inteira
para pensar

- Engano
a vida pensa...

Pedra

SOU PEDRA
DE FUNDO
FALSO
MOLE
COMO
A
ALMA

Incômodo

ORA,
MOLEIRA!
NÃO
AMOLE!

Re

Renovar
Revirar
Reviver

Reabrir
Respirar
Repetir

Refletir
Rebuscar
Recompor

Relembrar
Redescobrir
Refazer

REPARTIR

Olhar sob Porto Alegre I

Não há lírios no asfalto da minha cidade
Só o trânsito invade
Tardes antes olhadas das calçadas

Hoje vazias...

{Do cachorro sarnoso
Do vizinho curioso}

Mão há flores
No jardim
Do nosso asfalto...

Estamos - inexoravelmente -
Mais pobres no olhar!

(Preta-Porto Alegre -2009)

Lagarta

lagarta lenta
leva lembranças
mariposa noturna
feiticeira do amor...

Milênio

Meu amor por você
Meu bem
Atravessa esse milênio
Vem
Por onde fui
Vai
Por onde venho

Letras 2

RAPOSA
TRAIÇOEIRA
QUE
VEM
E
ROUBA
TODO
O
TRAÇO
DA
MINHA
LETRA

Varais

Das janelas vejo fios
varais nas sacadas dos edifícios
feitos de fios
em edifícios improvisados...

varais podem ser feitos de fios
qualquer um serve
basta espuchar uma corda
extremos nas moradas...

vejo varais espichados em fios
vejo roupas penduradas como gente
vejo imaens improvisadas
janelas e edifícios...

as pessoas nào sabem
onde pendurar suas coisas
fazem varais de tudo
até de pensamentos!

das janelas vejo fios
varais em sacadas de edifícios
fios improvisadas...
(29/07/2001)

Problemas

Não quero compartilhar problemas
Esses os poetas escondem
Atrás das letras.....

Sonhos

Sonhos são como promessas
Dias melhores
Intuições

Acontecimentos!

Sonhos são temores
Desgraças anunciadas
Desconhecidas inconsciências
Apagadas pelo sono...

Sonhos são esperas
De amor mal resolvido
Saudades do que não somos...

Sonhos são homens adormecidos
Travesseiros sonolentos
Escondidos atrás dos pensamentos....

Reencontro

Encontro na tinta o manuseio fluente
Vida que insiste em estar presente

Redescubro no papel um poeta
De inverno passado, apagado
Cor de zinza de cigarro aceso
No cinzeiro vermelho!

Hein?

É
PRÁ
VALER
OU
QUEBRA-CABEÇA?

Transposição

queria escrever isto com batom

como se passasse o dedo dentro
de um copo com chocolate
e o lambesse com gula de criança!

Ferreira da Cruz

Ferra
Ferreiro
O ferro
Da Cruz


Homem de ferro
De cruz, de azul


Homem de Deus!

Do inferno
Do nada!

Trouxe prá mim
O que mais quiz

E fui prá ti
Tua única
Dúvida
Cruzada!

Haver

o que há
que há
poema feito
desfeito
que não diz
o que quer
dizer?

o que há
poesia
sem ser ?

o poeta cansado
do poema
se desfez!
[28.02.82]

Pensamento


vão da janela

- suga meu pensamento -
entreabertochega pertomais perto
o vento
vem... entra... vai...
leva e traz
meu pensar
lento...

Andanças

Deslizam fáceis palavras escritas
Escoam justapostas ao pensamento
São besouros acasalados
Criando versos de verão

Caem letras nessas linhas retas
Descansadas esperando amantes
Idéias em noites de chuva fina
Tardes quentes de verões ausentes

Arco-íris

Na cidade de Porto Alegre
Abrigando palavras apreendidas
Formando dicionário imaginário
Esquecido na gaveta do armário

Surgem sinais...

Dúvidas
De sim
E...
não!

Encomenda

Encomendaram poesia clássica
de moderna até uma prosa servia
daquelas de final de tarde
contadas para toda a família

encomendaram - por telefone-
um escrito que pudesse dizer
verso para ser lido e cantado
em seção da tarde de um dia

até recital adormecido
poderia deitar nesta hora
mas que mostrasse para o mundo
como anda a poesia lá fora.

De encomenda fiz este verso,
que dependendo do jeito que é dito
do jeito que é visto
sentido
pode ser moderno
ou clássicos de outrora

apenas uns versos debulhados
{como milho deitado às galinhas}
escondidos atras de pseudônimos
{como amantes proibidos}

Morada

Ando a procura do lugar - que um dia eu já sonhei
Aquele lugar prá ficar - acordar, adormecer
Ando a procura de mim - no sobrado do viver
Com sol na varanda - ou chuva em anoitecer

Ando a procura de mim - na morada do saber...

Assim

Escrevo assim:
aos poucos...

como se tivesse
uma vida inteira!

Sei

NÃO SEI DESENHAR
NÃO SEI ESCREVER

NÃO SEI NADA


SÓ SEI
S E R

Vazio

V A Z I O

DA PALAVRA NÃO DITA

OFENSA FALADA

DO CORAÇÃO MAGOADO

V A Z
I
O
DESTE IMENSO
N A D A

Fim do mundo

meu bem!
esse fim do mundo
não quer dizer nada.

nosso fim
já começou...

meu bem!
esse fim de mundo
não quer dizer nada.

nosso amor
já terminou...

Via

vejo
viajante
vagando
vazio

vem...

volta...


vagas
verdades
viajam
em vão...

Aprisionados

Antigamente nos jogavam aos leões
Hoje nos mantêm aprisionados em nós mesmos

Sinais das civilizações...
Cada uma deixa rastros da sua época
Com todas as contradições
Que os humanos praticam:

Da beleza mais rara
À destruição
Inimaginável!
.
(2007-05-16 - Porto Alegre)

Casulo

Fecho a porta, impulso inconsciente
De impedir qualquer interferência
Gesto vago, silencioso, deprimente
Autômato à procura da luz.

Escondo a cara, o olho, a vontade
Apago o provável amanhecer
Protegendo a alma, total disfarce
Escuro tempo desse meu anoitecer...

Nem percebo que a distância desse amor
Foi generosa ao meu eterno pensar
Permitindo o sossego de uma mente
Que tem forças, ainda, para cantar.

Pois é canção feito belas borboletas
Dispersas revoadas a procurar
Flores, árvores, plenas primaveras
Polens prontos para o acasalar.
(2005)

Saudade

Que homem
E qual
homem
É
Ser
Sem
Ter
Saudade?

Imaginação adormecida

Por vezes, aos versos, faltam textos
Aquela palavra ausente
Notas sem acordes
Notório momento gestual...

Perseguir sonhos como caminhos encantados
Pousar almas em árvores frondosas

Imaginação adormecida

Por vezes, aos versos, faltam textos!

(Preta- 2006)

Vôo

VOA
VOA
VOA
PENSAMENTO
COM O VENTO
QUE MINHAS ASAS
VEM SOPRAR...

VOA
VOA
VOA
PENSAMENTO
COM O VENTO
QUE MINHAS ASAS
VEM BUSCAR...

Salta



SALTA! 
PULA!
DANÇA! 

LÁ VAI O ESQUELETO 

BRINCANDO DE CRIANÇA!

Perdão

Quando o coração dói
O peito estufa
Pensamento vai
E fica triste!

Perdão pelo frio olhar

Boca sem falar

Não disse o que sinto: Te amo!

Janela entreaberta

Pelo veio da fresta
Minh'alma prensada, escondida
Delata o medo de ver

Vontade de me esconder...

Pela janela entreaberta
No quarto, sala, cozinha
Espiando a vida, de longe...

Esperando amanhecer
Novos dias....