Fecho a porta, impulso inconsciente
De impedir qualquer interferência
Gesto vago, silencioso, deprimente
Autômato à procura da luz.
Escondo a cara, o olho, a vontade
Apago o provável amanhecer
Protegendo a alma, total disfarce
Escuro tempo desse meu anoitecer...
Nem percebo que a distância desse amor
Foi generosa ao meu eterno pensar
Permitindo o sossego de uma mente
Que tem forças, ainda, para cantar.
Pois é canção feito belas borboletas
Dispersas revoadas a procurar
Flores, árvores, plenas primaveras
Polens prontos para o acasalar.
(2005)
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