4 de mai. de 2008

Casulo

Fecho a porta, impulso inconsciente
De impedir qualquer interferência
Gesto vago, silencioso, deprimente
Autômato à procura da luz.

Escondo a cara, o olho, a vontade
Apago o provável amanhecer
Protegendo a alma, total disfarce
Escuro tempo desse meu anoitecer...

Nem percebo que a distância desse amor
Foi generosa ao meu eterno pensar
Permitindo o sossego de uma mente
Que tem forças, ainda, para cantar.

Pois é canção feito belas borboletas
Dispersas revoadas a procurar
Flores, árvores, plenas primaveras
Polens prontos para o acasalar.
(2005)

Nenhum comentário: