Onde estão os retalhos
Cacos farrapos de sobras
Que a vida deixa prá trás?
Onde estão os pedaços
Escondidos no encalço
Desse teu olhar?
Onde vão os fragmentos
Pensamentos múltiplos?
Onde estão todos os santos
Deuses, salvadores e mestres?
Onde estão fariseus
Passantes em caminhos
Sem presentes e estrelas?
Onde estão as verdades
Contos de histórias infantís?
Por onde andam pedaços
Quebrados em cacos
Colados de amor?
Onde
Estou...?
Há tempo não chego aqui. É justo ele que falta, também a idade que avança, trabalho que não cessa, o espírito que cansa... Tenho planos de melhorar esta condição e voar, outra vez, como pássaro que volta ao ninho...
3 de mai. de 2008
Imagem
Travo a vida que passa
Como sentimentos em trilhos
Pensamentos que vêm
Escondidos nos trens....
Passam rápido
Como paisagens
Sigo olhares
Lançados pela janela
Trato a vida
Qual imagem
Vai
Vem
Chegando...
( 2003)
Como sentimentos em trilhos
Pensamentos que vêm
Escondidos nos trens....
Passam rápido
Como paisagens
Sigo olhares
Lançados pela janela
Trato a vida
Qual imagem
Vai
Vem
Chegando...
( 2003)
Raizes
Que felicidade esquece
Que sofrimento evitei
Que saudades senti
Quantas mais deixei?
Que raízes são essas
Que palavras dizer?
Que frases passaram
Que caminhos tracei?
De onde vim... de longe
E aqui aportei?
Que raízes são essas
Que todas arranquei?
Que saudades de mim
Muitas mais de você...
Que sofrimento evitei
Que saudades senti
Quantas mais deixei?
Que raízes são essas
Que palavras dizer?
Que frases passaram
Que caminhos tracei?
De onde vim... de longe
E aqui aportei?
Que raízes são essas
Que todas arranquei?
Que saudades de mim
Muitas mais de você...
Vértice
Vértice calculado em retas linhas
Vertigens, amores, volúpias
Vozes de paixões ocultas
Vez por outra encontradas às escuras..
Caminhos procurados ao acaso
Corações iludidos sonhadores
Somas diminutas calculadas
Caladas de adeus e de partidas...
Homens sós procurando pares
Horas inteiras, intermináveis dias
Eternas solidões vividas
Hoje, ontem, por toda uma vida...
Complementos, metades sem encaixes
Memórias guardadas para sempre
Mulheres sedentas, generosas
Molhadas em lençóis de sedas...
Vértices calculados, linhas retas
Caminhos encontrados ao acaso
Homens sós, procurando pares
Complementos, encaixes, sem metades.
Vertigens, amores, volúpias
Vozes de paixões ocultas
Vez por outra encontradas às escuras..
Caminhos procurados ao acaso
Corações iludidos sonhadores
Somas diminutas calculadas
Caladas de adeus e de partidas...
Homens sós procurando pares
Horas inteiras, intermináveis dias
Eternas solidões vividas
Hoje, ontem, por toda uma vida...
Complementos, metades sem encaixes
Memórias guardadas para sempre
Mulheres sedentas, generosas
Molhadas em lençóis de sedas...
Vértices calculados, linhas retas
Caminhos encontrados ao acaso
Homens sós, procurando pares
Complementos, encaixes, sem metades.
Ato de amor
Como sol mais quente entre planetas
Tua pele junto a minha pousa
Encanta tardes longas de amantes
Prometendo afagos, passeando mãos...
Qual montanha fincada no horizonte
Majestosa lança apontando o céu
Entre mar e terra, esconde
Caminhos, trilhas, florestas e escuridão
Quando teu corpo delicado e forte
Encontra o meu que pulsa a esperar
Faz desse atrito belo milagre
Combustão e fogo aflorar!
Nessa hora, de total êxtase
Vou bem longe, deixo-me levar
Com certeza, meu amor, nem penso
Nunca... de lá voltar.
São encontros em tardes quentes
Que em segundos - delírios loucos
Viram estrelas em explosão.
É quando sinto ser minha tua alma
Que ao meu espírito se junta prá ficar...
22/02/99
Tua pele junto a minha pousa
Encanta tardes longas de amantes
Prometendo afagos, passeando mãos...
Qual montanha fincada no horizonte
Majestosa lança apontando o céu
Entre mar e terra, esconde
Caminhos, trilhas, florestas e escuridão
Quando teu corpo delicado e forte
Encontra o meu que pulsa a esperar
Faz desse atrito belo milagre
Combustão e fogo aflorar!
Nessa hora, de total êxtase
Vou bem longe, deixo-me levar
Com certeza, meu amor, nem penso
Nunca... de lá voltar.
São encontros em tardes quentes
Que em segundos - delírios loucos
Viram estrelas em explosão.
É quando sinto ser minha tua alma
Que ao meu espírito se junta prá ficar...
22/02/99
Sou eu
Tenho defeitos, muitos
Tenho virtudes, algumas
Tenho desejos,ardentes
Tenho amigos,ausentes
Tenho saudades, constantes
Tenho alegrias, bastante
Tenho arrependimentos, passados
Tenho medo, no escuro
Tenho dúvidas, atrozes
Tenho passado... em vão.
Tenho certeza: sou gente!
Tenho virtudes, algumas
Tenho desejos,ardentes
Tenho amigos,ausentes
Tenho saudades, constantes
Tenho alegrias, bastante
Tenho arrependimentos, passados
Tenho medo, no escuro
Tenho dúvidas, atrozes
Tenho passado... em vão.
Tenho certeza: sou gente!
Letras 1
Letras pousam no papel
Guiadas pela imaginação
Não querem, além de ser
Rezas de solidão...
Vão formando gemidos
Lembranças em profusão
Compondo mil palavras
Divisíveis pensamentos...
Surgem em horas diferentes
Sem licença ou compaixão
Presas fáceis de uma mente
Cúmplices do coração
Letras pousam no papel...
(18/07/98)
Guiadas pela imaginação
Não querem, além de ser
Rezas de solidão...
Vão formando gemidos
Lembranças em profusão
Compondo mil palavras
Divisíveis pensamentos...
Surgem em horas diferentes
Sem licença ou compaixão
Presas fáceis de uma mente
Cúmplices do coração
Letras pousam no papel...
(18/07/98)
Escaldante
Escuto e sinto a chuvinha caindo aqui na área de trás
A janela aberta
Os pingos finos não chegam a molhar
Apenas acariciam meus braços e meus ombros
Quando veem, carregados por um pouco mais de vento
Deixam refrescar o calor do meu corpo
Que insiste em pegar fogo
Pelo sol que o diabo anda mandando para a terra!
(Preta - 03/2008)
A janela aberta
Os pingos finos não chegam a molhar
Apenas acariciam meus braços e meus ombros
Quando veem, carregados por um pouco mais de vento
Deixam refrescar o calor do meu corpo
Que insiste em pegar fogo
Pelo sol que o diabo anda mandando para a terra!
(Preta - 03/2008)
Quinta feira no inverno de Porto Alegre
Frio sentido no corpo abandonado
Amor atirado à morte - falta de sorte!
Dói-me ver ossos e peles amontoados
Vivendo a única esperança permitida:
Cana brava para pobres indigentes
Desumano e fatal entorpecente
Frio cortando coração de homens
Desabrigados inconscientes...
Marquises e calçadas habitadas
Negros, crianças, verdades tragadas
Pela droga maior dos humanos sós
Sociais e simples pensamentos!
Dói-me ver nariz de ranho exibido em sinaleiras
Homens pequenos devolvendo vômitos
Impostos por estômagos faceiros
Da comida que já devoramos...
Quinta feira de inverno em Porto Alegre
Triste, inofensiva, calada, passiva e bela
Vista aqui do quarto - quente - pela janela...
Dói ver-me assim – apenas - fazendo parte dela
(03/05/99)
Amor atirado à morte - falta de sorte!
Dói-me ver ossos e peles amontoados
Vivendo a única esperança permitida:
Cana brava para pobres indigentes
Desumano e fatal entorpecente
Frio cortando coração de homens
Desabrigados inconscientes...
Marquises e calçadas habitadas
Negros, crianças, verdades tragadas
Pela droga maior dos humanos sós
Sociais e simples pensamentos!
Dói-me ver nariz de ranho exibido em sinaleiras
Homens pequenos devolvendo vômitos
Impostos por estômagos faceiros
Da comida que já devoramos...
Quinta feira de inverno em Porto Alegre
Triste, inofensiva, calada, passiva e bela
Vista aqui do quarto - quente - pela janela...
Dói ver-me assim – apenas - fazendo parte dela
(03/05/99)
Humildade
Preciso medir o passo
Quebrar o salto
Tirar o sapato
Pisar na terra
Colher da planta
Do pé
Preciso passar a limpo
Rasgar contratos
De meias medidas
Preciso falar com a alma
Ao pé do ouvido do coração
Voltar a contar estrelas
Dormir sob constelação
Preciso cair do galho
Amadurecer a semente
Que um dia me germinou...
(2002)
Quebrar o salto
Tirar o sapato
Pisar na terra
Colher da planta
Do pé
Preciso passar a limpo
Rasgar contratos
De meias medidas
Preciso falar com a alma
Ao pé do ouvido do coração
Voltar a contar estrelas
Dormir sob constelação
Preciso cair do galho
Amadurecer a semente
Que um dia me germinou...
(2002)
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